domingo, 21 de junho de 2009

PAUSA LONGA

Galera, sei que a quantidade de leitores é muito pequena, mas mesmo assim quero e vou continuar escrevendo, porém, por motivo de força maior, eu devo fazer uma pausa longa. Logo após esse período eu voltarei com as postagens!
Abraços!

domingo, 14 de junho de 2009

Xeque-Mate - Parte 1

-Que horas a gente vai se encontrar? – perguntava Marina ao telefone celular.
-Hoje eu tenho uma reunião, amanhã, sexta às 13h no Excellance Grill eu serei todo seu. Beijo, minha oncinha – respondeu a voz masculina do outro lado da linha.

***
Uma semana antes:

-Hoje, tenho o imenso prazer de iniciar a fusão entre as empresas Ponto Com e Publiciland dando início a uma nova era da Comunicação. O grupo Comun, que nasce agora, vai avançar no ramo comunicacional com uma estrutura reformulada e pronta para dominar o mercado. Esse é o nosso objetivo; e não importa o que façamos, vamos alcançá-lo custe o que custar.

Após esse discurso, Cláudio Muniz, presidente do grupo Comum, fora ovacionado pelos executivos, empresários e acionistas reunidos no salão de eventos da agência. Era um espaço com uma decoração requintada, cores neutras tomavam conta dos assentos. Era um evento de negócios.

-Ângelo, neste final de semana, eu e Lívia vamos viajar a Ilha Grande com nosso iate. Você e sua esposa podem vir conosco. – convidou Ricardo.
-Na próxima sexta, ela chega da França, foi visitar a irmã que perdeu o marido no acidente aéreo com o Airbus. Vou esperá-la no aeroporto, e depois almoçaremos em um restaurante. Em seguida eu sigo, então, para o Iate Club.
-Perfeito. Fala a Marina que eu tenho umas coisinhas para mostrá-la. Meu amor me deu jóias divinas. – disse Lívia empolgada.

Ângelo e Ricardo eram estagiários na Publiciland, quando esta iniciara suas atividades há sete anos. Hoje, nomeados diretores de Arte e de Pesquisa respectivamente da Agência Comun, exibem o resultado de anos de trabalho e dedicação.

Ambos eram o braço direito de Cláudio Muniz, que viu sua empresa crescer e depositou confiança nos dois para que os resultados se repetissem ao longo dos anos; o que de fato acontecera, agora uma fusão.
[Continua]
Foto da Capa: Guilherme Gomes - www.flickr.com/guilhermegomes

terça-feira, 9 de junho de 2009

Déjà vu

Laura acordara atrasada, fazendo as coisas correndo, abria o guarda-roupa tabaco que tinha presença marcante em seu quarto marfim. Dentre as infinitas peças que formavam um arco-íris dentro daquele móvel, ela pegava a primeira blusa; era marrom e dava uma sensação de que ela estava com alguns quilos a menos.

Descia as escadas depressa, quase escorregou no último degrau, segurou-se no corrimão. Passava pela cozinha onde pegou uma maçã, colocou na bolsa.

Saiu de casa e olhou o relógio, ele havia parado marcando 7:36h. Passou a mão no rosto para tirar os cabelos quase vermelhos que balançavam com a força do vento. Andou uns 100 metros até chegar ao ponto onde seu ônibus passava. Ela não teve de esperar muito naquele dia nublado, o ônibus não demorou.

Como era de costume, Laura sentou ao lado direito, na janela, na metade do ônibus. Abriu o vidro até o fim, pois ela gostava de sentir o vento gelado bater no rosto, tinha a sensação de liberdade quando fazia isto. Ligou o seu MP4 em um noticiário, pois era a única forma de se manter informada sobre o que acontecia na cidade.

Ao longo da viagem Laura notara que o ônibus seguia por um caminho diferente. Havia 12 pessoas dentro do coletivo que seguiu por uma avenida que dava num túnel. Laura não entendeu o porque do desvio, já que nesse caminho o trajeto demoraria, pelo menos, 20 minutos a mais.

-Só me faltava essa: acordei atrasada, relógio parado e agora o motorista resolve mudar o trajeto.

No noticiário ela escutava que a Avenida Álvaro Motta estava interditada devido a um assassinato junto ao ônibus 394, linha que Laura pegava todos os dias. Como ela sabia que demoraria chegar ao trabalho, permitiu-se um cochilo de última hora.

***

-Ai não acredito! Despertador de merda! – exclamava Laura levantando da cama, atrasada, olhava o relógio em forma de coração (verde-bebê) no seu quarto, estava apenas 15 minutos atrasada.

Eram 06:31h, Laura tomou banho e, enrolada na toalha, abriu o guarda-roupa e pegou uma blusa simples, mas que protegia do frio que a meteorologia previa. A blusinha era marrom, e tinha uma textura agradável que Laura adorava.

No ponto de ônibus Laura era apenas mais uma entre a quantidade de pessoas.

-Porra, eu odeio pegar esse ônibus de 15 para as 7, ele sempre vem cheio. E o pior, cheio de crianças indo para a escola. Que merda! – pensou consigo.

Como previa a jovem de 29 anos, o ônibus veio cheio. Ela entrou, passou o vale-transporte eletrônico e passou na roleta.

O ônibus só esvaziou na Avenida Mello Gouveia, transversal com a Avenida Álvaro Motta por onde o ônibus deveria seguir seu caminho. Laura sentou-se, e como de costume ligou o rádio no noticiário. Estava dando um programa humorístico, onde os principais acontecimentos da semana eram satirizados.

O ônibus entrou na Álvaro Motta. Embarcou um indivíduo que pagou a passagem, seguiu até o meio do ônibus e anunciou um assalto. As poucas pessoas que estavam no coletivo ficaram apreensivas, nervosas. Laura ficou pálida, suava frio. Ele aproximou-se dela e soltou uma piadinha, em tom de ironia: -Que tal uma saidinha comigo, gatinha?

Laura permanecia calada. O assaltante passava a arma no rosto dela, falando safadezas. Ela ficava constrangida. Ele pegou alguns pertences dos passageiros. Tinha 12 pessoas no ônibus, mas ele havia ameaçado atirar caso alguém reagisse.

A beleza de Laura atraíra realmente a atenção do assaltante. As “brincadeiras” ficaram mais pesadas. Ela o xingou e cuspiu na cara do indivíduo. O marginal segurava o braço dela com força, obrigando-a a sair do ônibus.

As pessoas que presenciaram o fato imprimiram espanto em suas faces.

O assaltante que estava de costas para um relógio-termômetro, sem noção das atitudes, empurrou Laura, jogando-a no chão; ela caiu no chão vendo o relógio da rua marcar 7:36h. Bateu com a cabeça na calçada findando a vida com esse último movimento.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Em breve

Assim como a fênix renasce das cinzas, o Blog Azeitonas Diferentes retornará!
Um ano se passou e muitas coisas aconteceram: o blog parou no meio do caminho, os integrantes seguiram seus destinos e ele será reconstruído.
Aguarde.